Bicas, MG

Cidade para passear, morar e investir.

Bicas, MG – Cidade para passear, morar e investir.

Abertura:

O Canal NAECO apresenta o município de Bicas na mesorregião da Zona da Mata de Minas Gerais, filmado nas ruas, estradas e rodovias de acesso, voo panorâmico com drone, narrado, com detalhes históricos, mapa ilustrando referências geográficas, população e recursos econômicos.

Como chegar:

O acesso a cidade de Bicas é feito a partir da MG 126 entre as cidades de Mar de Espanha e Rochedo de Minas ou pela BR 267 entre as cidades de Juiz de Fora e Guarará. A cidade de Bicas está a 320Km da capital Belo Horizonte.

História da cidade:

No início da colonização dos sertões da zona da mata mineira, as comitivas de bandeirantes criaram várias picadas entre regiões mineradoras de ouro que foram se transformando em trilhas de tropeiros, garimpeiros clandestinos e tropas do governo que escolhiam pontos favoráveis para descanso e pastagem dos animais, onde acampavam em barracos improvisados com ramos e trocos de arbustos locais.

Em muitos destes acampamentos foram construídas estalagens e em seu entorno surgiram povoados que se transformaram em cidades.

A região onde surgiu a cidade de Bicas segue por este mesmo roteiro, quando começou a ser usado como parada de descanso, por existir ali uma nascente que escorria pelas pedras formando uma volumosa bica de água, muito limpa e de temperatura bem refrescante que escorria para uma grande área alagada, coberta por “taboas”.

“Taboa” é uma planta muito comum em brejos ou lagoas rasas, com folhas estreitas que crescem na vertical podendo atingir até 2,5 metros de altura e na sua floração emite um pendão de espiga com aparência de um salsichão espetado para assar.

 No local da bica se formou o povoado com o nome de Arraial das Taboas onde se instalaram famílias para trabalhar em fazendas formando lavouras de café, mais tarde foram instalando comerciantes para atender a demanda da região e aos poucos Arraial começou a ser conhecido por Bicas.

A chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Leopoldina RailWay em 1.879, alavancou o crescimento do Arraial de Bicas, se tornando um porto seco para transportar a produção de café e gado sendo elevado a distrito de Mar de Espanha em 1.890 e no mesmo ano, o distrito foi transferido e integrado ao município de Guarará.

Em 7 de setembro de 1.923 o distrito de Bicas se desmembrou do município de Guarará para se elevar a categoria de município.

População, área, altitude, rio e confrontantes:

Hoje, julho de 2025, o município de Bicas conta com uma população de aproximadamente 16.653 habitantes, com um domínio territorial de 139,538Km², em altitude de 600m, localizado na mesorregião da Zona da Mata de Minas Gerais, é banhado pelo rio Cágado que pertence a bacia do rio Paraíba do Sul.

Os municípios que fazem divisa com o município de Bicas são: Rochedo de Minas, Maripá de Minas, Guarará, Pequeri, Juiz de Fora, Chácara e São João Nepomuceno.

Economia:

A base da economia do município de Bicas é a agropecuária, indústria, comércio e prestação de serviços.

 

Observar o desenvolvimento de uma cidade por imagem é um bom entretenimento, mas participar é bem melhor. No meu caso, quando eu morava em Juiz de Fora, meus pais tinham amigos que moravam em um sítio, na margem da estrada próximo a cidade de Bicas que visitávamos com certa frequência e me lembro muito bem das crianças e adolescentes, filhos do dono do sítio, ao se aproximarem dos meus pais, pediam benção e ficavam quietinhos em respeito, mas hoje eu penso que era submissão.

Na época, pessoas do interior eram caricaturizados, por humoristas de cidades grandes, como pessoas atrasadas, ingênuas e submissas criando personagens tipo Nerso da Capetinga, Chico Bento da turma da Mônica, Jéca Tatú do Mazzaropi entre tantos outros que estão sendo esquecidos por várias razões e a principal é que o acesso a cultura e informação não é mais privilégio de cidades grandes, mesmo assim naquela época, os etiquetados “caipiras”, com um cigarrinho de palha no canto da boca, chapéu de palha sujo atolado na cabeça, usando vocabulário pobre e com muitos erros na construção de frases, deixavam muitos espertinhos de cidade grande “com cara de tacho”, como o que aconteceu na margem da estrada daquele sítio em Bicas.

Um velhinho de cócoras, pitando seu cigarrinho ao lado do aparador do latão de leite na porteira de sua fazenda viu um carro se aproximando e parou em sua frente.

Um rapaz na direção do carro baixou o vidro esticou a cabeça para fora e se dirigindo ao velhote perguntou:

- E aí caipira, sabe me dizer para onde vai esta estrada?

O velhinho se levantou calmamente, deu uma baforada no cigarrinho, uma cuspinha de lado e disse:

- Oia, num sei não sinhô, mas se ela fô mermo eu vô fica com muita sodade!