Presidente Bernardes, MG

Cidade para passear, morar e investir.

Presidente Bernardes, MG – Cidade para passear, morar e investir.

Abertura:

O Canal NAECO apresenta o município de Presidente Bernardes na mesorregião da Zona da Mata de Minas Gerais, filmado nas ruas, estradas e rodovias de acesso, voo panorâmico com drone, narrado, com detalhes históricos, mapa ilustrando referências geográficas, população e recursos econômicos.

Como chegar:

O acesso a cidade de Presidente Bernardes é feito pela rodovia BR 482 a partir da cidade de Piranga por 21 Km até o centro da cidade que está a 190Km da capital Belo Horizonte.

Em meu trajeto eu saí da cidade de Brás Pires pela MG 124 em estrada de terra por 14 Km.

História da cidade:

A descoberta de jazidas de ouro em Mariana, Ouro Preto e nos sertões de Guarapiranga fez surgir o povoado de Nossa Senhora da Conceição de Guarapiranga em 1.695, hoje cidade de Piranga, atraindo muitos aventureiros garimpando clandestinamente nas margens do rio Piranga criando conflitos com os pioneiros paulistas, nativos originários e sonegação do “Quinto” que deu origem a Guerra dos Emboabas, exigindo a intervenção da Coroa portuguesa para fiscalizar e dar segurança aos mineradores autorizados.

Com as medidas adotadas pela Coroa portuguesa, criando a capitania de Minas Gerais, instalando quarteis para fiscalizar e punir severamente os sonegadores, a distribuição de sesmarias incentivando a produção agrícola para atender as demandas de abastecimento, permitiu que muitas famílias como a de Borba Gato, Cabral da Câmara, Carneiro Flores, Miranda, Moura, Costa entre outras, se instalassem pela região dando origem a muitos povoados, entre eles Calambau em 1.710, que na linguagem dos povos originários significa “lugar de mato ralo e o rio faz curva”.

A primeira igreja inaugurada em Calambau em 1.755 dedicada a Santo Antônio, consolidou o arraial que se desenvolveu com atividades agrícolas, mas com uma população politicamente ativa, dividida por prós e contras em movimentos como a Inconfidência Mineira de 1.789, fazendo surgir no povoado, depois da condenação dos inconfidentes, o “Pasquim de Calambau” que eram manuscritos anônimos, fixados em postes na madrugada, com críticas e sátiras dirigidas a pessoas influentes e poderosas.

O povoado de Calambau se elevou a distrito do município de Piranga, em 1.868 e se emancipou em 13 de dezembro de 1.953 com o nome de Presidente Bernardes, contestado pela população, sem sucesso.  

População, área, altitude, rio e confrontantes:

Hoje, junho de 2025, o município de Presidente Bernardes conta com uma população de aproximadamente 4.850 habitantes, com um domínio territorial de 236,798Km², em altitude de 591m, localizado na mesorregião da Zona da Mata de Minas Gerais, é banhado pelo rio Piranga que pertence a bacia do rio Doce.

Os municípios que fazem divisa com o município de Presidente Bernardes são Paula Cândido, Senador Firmino, Brás Pires, Senhora de Oliveira, Piranga e Porto Firme.

Economia:

A base da economia do município de Presidente Bernardes é a agropecuária e prestação de serviços.

 

O centro histórico da cidade de Presidente Bernardes parece um enorme cenário que nos remete ao distrito de Calambau do século XVIII, podendo imaginar nativos originários convivendo pacificamente entre nobres bem vestidos, escravos alforriados, inconfidentes, bandeirantes e emboabas circulando pela praça Cônego Lopes, contemplando a magnifica neogótica igreja matriz de Santo Antônio, observados por famílias das janelas dos imensos casarões.

É assim que os tempos atuais permitem imaginar, mesmo que seja um contraste com a realidade daqueles tempos, mas também é uma incontestável comprovação da melhoria de nossa civilidade e amadurecimento cultural que precisamos melhorar a cada dia para diminuir as injustiças sociais aceitando e respeitando as diferentes raças, credos e ideologias. Se é possível notar as diferenças de época, então é sinal que podemos melhorar.

O período que eu estive na cidade de Presidente Bernardes, foi bem curto, mas me fez entender que a bravura e a ternura dos calambauenses não dependem do nome ou dos “pasquins” colados nos postes, porque já está gravado na alma de seu povo.

 

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